quarta-feira, 28 de março de 2012

Ele tentou...


não falar, no caso escrever, sobre o atual momento, mas não conseguiu. Acabou digitando poucas linhas apenas para tirar o excesso de lava do seu corpo. Entre a encruzilhada de expor suas atuais alegrias e não compartilhar com amigos escolheu o meio termo e parou no cruzamento falando sozinho. Porém, alguns argumentos saíram em voz alta com um volume maior que o desejado.

Geralmente, as pessoas que escrevem (ou que acham que escrevem) tem maior facilidade em por as letras negras num espaço branco quando tristes, melancólicos ou saudosistas. "Tempo bom não volta mais?" Quase sempre! Infelizmente existem os remakes, mas não é esse o caso.   

Dinheiro não é problema. Na verdade nunca foi, pois $$$$$ é solução (aí que frase previsível). Nunca teve problema quanto a isso. Até porque nunca teve uma barata de estimação para comer o farelo de pão que teima em acumular no eterno e 'fixo' forro da mesa da copa. Suas contas são pagas em dia - odeia juros. Devido ao seu estilo de vida calça jeans-tênis-boteco-cinema-shows alternativos não ferir seu bolso sente-se bem com sua conta corrente. Claro que vez ou outra realiza uma extravagância como tomar cerveja escuro importada acompanhado de uma guria totalmente diferente dos seus gostos mas, que no fim da noite... Enfim! Seus gostos populares andam em sincronia com seus rendimentos. 

Seu atual relacionamento (ou a ausência dele) demonstra uma auto-suficiência que beira a arrogância (como diria Maria Gabriela entrevistando Rafinha Bastos). Não que ele quisesse mudar seu antigo status de relacionamento das redes sociais. Bullshit! Não avisa, apenas quando veemente indagado, sobre suas aventuras fracassadas para os amigos. Por que trovões, então, divulgaria seu momento de babaquice-aguda? A opinião de terceiros quanto a sua postura lobo-solitário ou tiozinho da balada importava, e continua incomodando tanto quanto o cheiro das prostitutas para Bukowski. 

Vive num momento tão estranho, e feliz, que deixou de ver filmes para simplesmente não fazer nada. E que esse afastamento das grandes telas dure ao menos o tempo necessário para não se arrepender de ter perdido tantos filmes durante tal período. 

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