segunda-feira, 2 de agosto de 2010



... e ela aqueceu o dia. O dia já se encaminhava para aquele período modorrento pós almoço. Cama sempre foi a melhor opção. TV, nem pensar – quanto mais domingo. Computador, mais ainda? Não, obrigado.


Foi só tirar a camiseta e se estirar na cama que o celular já o fez ficar menos descrente com mais um dia. Rapidamente se levantou e correu para o banho. Escolheu a bata ‘hippie-chique’ que ela tanto gosta. Ele mesmo não dava a mínima para vestimenta, se possível queria sair só de bermuda e chinelo de dedo, mas não é só mulher que se veste para mulher.


Mal chegou na porta do prédio e já quis entrar no apartamento antes mesmo de ser anunciado. Ai ai, esses processos de segurança... O elevador parecia não parar de descer. Incrível quando se espera para encontrar alguém as coisas simplesmente parecem demorar mais que o normal.


Subindo e subindo - antes mesmo da porta do elevador se abrir completamente ela já o empurrou para dentro apertando alguns botões para que a condução travasse por uns instantes. Ela não se importava com o circuito interno que os vigiava. Quando descerem irão a portaria para cobrar o espetáculo.


Clichês são cansativos para os outros. Quando se faz algo dessa maneira com alguém que se goste muito, a tal situação não se torna chata tanto quanto seria se fosse contada por outrem.


Aquecimento terminado, foram para um bar da galera da camiseta preta. Era a vez de ele escolher o local. “Vez passada“ ela quis ir a um barzinho da moda: cheio, barulhento e com mal atendimento e com os insuportáveis 10%. Ali não, ele já conhecia o dono. Entrava e saia da cozinha e pegava a cerveja que ficara mais ao fundo do freezer.


Pessoas nas outras mesas ao redor olhavam a situação com pensamentos cruciais: “eles não combinam”. “O que ele viu nela?”.


Agora, eu pergunto: Quem falou que tem que combinar?

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