sexta-feira, 23 de julho de 2010

... os anos passam, mas as indagações persistem ...


.. passa geração, passa moda de cabelos e roupas, mas as aflições e questionamentos que permeiam o mundo dos 20-30 anos continua numa inércia brutalmente imutável.

Após o fim da primeira metade do curso de graduação, o estágio de merda não parece ser tão divertido quanto outrora. Seus gastos começam a superar e muito sua ridícula renda. O cinema de toda semana só é viável no dia da promoção. Beber então... só socialmente.

Os familiares, logo após você pedir a benção, já “verborrageam” a pedrada: “cadê a namorada (o)?”. Você não fica falando pra sua tia: “cadê o seu ex marido rico e gente boa?”, por que ela acha que tem liberdade suficiente para lhe indagar sobre sua (falta de) vida amorosa. O lado bom dessa fase é que não há uma grande preocupação com a beleza corporal. Com essa idade você ainda se preocupa excessivamente? Malhe o cérebro.

Rachar apto se torna a única possibilidade para ter que ver seus pais só nos fins de semana. O rol de exigências para um possível affair com o sexo oposto se resume a: não ser feia, não ser chata.

A solidão nem é algo tão ruim (coisa de loser acostumado ao isolamento). O ser humano trabalha melhor sobre pressão? Quem prova? O melhor seria uma vida tranquila onde não houvesse preocupação com contas a pagar nem vizinhos que escutam Calypso.

Parece que tudo tem manual de conduta nessa vida de adulto politicamente correto de mierda. Seja educado, seja independente, fale chinês, saiba declarar seu imposto de renda, entenda de ações e mercados futuros, seja um bom partido, não seja galinha, nem bruto.

Sua individualidade depende do meio em que vive. Aceite isso ou não. Escolha a segunda opção e seja feliz (ou morra tentando).


Ao som de: Weezer - The Girl Got Hot

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