terça-feira, 26 de janeiro de 2010


Há tempos não sorria de forma verdadeira - vez ou outra abria um leve sorriso em um dos lados da boca, sempre de forma cínica. Seu falso ar de superioridade transparecia aos seus pares que ele levava um cotidiano satisfatório. Escondia seus reais pensamentos. Suas opiniões era como seus textos: deveriam ser descobertos somente
quando não mais fosse possível argumentar.

Odiava o confronto. Concordava com imbecis para evitar falácias. Um bom destilado, queijo e água lhe bastavam para levar uma vida agradável. Estava cansado; era cercado de fiéis - esses seres que se apegam a palavra "destino" e aos seus subempregos de 44 horas semanais. Adorava o fato de não ter que fazer a barba todas as manhãs. O aspecto sujo lhe dava a impressão de desdém perante essa sociedade que buscava a igualdade para todos.

Besteira! As pessoas não são iguais, quase nunca são semelhantes. Eles tinham a maneira errônea de achar que todo o universo deveria ter os mesmo direitos, receber o mesmo tratamento. Se tratassem Frank Sinatra como os outros ele não seria "A Voz". Claro que não cantarolava como F.S., seu talento era outro. Porem tão escondido dentro de suas anotações que o mundo perderia-o sem ao menos descobrí-lo.

Um comentário:

Larissa Pires disse...

Às vezes, precisamos nos esconder pra sobreviver... As pessoas tem medo de pessoas. Medo por um orgulho, uma insegurança, por encarar a vida sempre como uma competição com o próximo. Reflexos socias... =/

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