quarta-feira, 20 de janeiro de 2010


Alfredo Jr., 30 anos, olhos pequenos e pescoço grande, não sabe mais o que fazer. Já está na terceira faculdade. Depois da adolescência aprendeu a tocar bateria, baixo acústico e violoncelo. Tira ótimas fotos, descobre ângulos que a maioria não visualiza.

Parou de beber e largou sua melhor companhia, a nicotina. Fez regime. Perdeu 15 kg. De homem normal ao melhor estilo Hommer Simpson passou a ser galã (se a globo o visse, o levaria facilmente para a Oficina de Atores). Malha cinco vezes por semana. Não virou metrossexual porque não é gay enrustido, mas se veste bem e cuida do corpo. Só não passa esses creminhos de playboyzinho criado com leite e pêra.

Dispensou para sempre os eternos estepes. Aquelas que sempre lhe afagavam nas horas de carência física. Galinhar nunca mais. Consegue se manter firme, mesmo que as 'queredeiras' de botecos teimem em mandar recadinhos para sua mesa. E isso tudo prá quê?

Para não conquistar a nova velha paixão eterna que nunca se concretizou. Anos de melhorias sem o resultado inicial almejado. Alfredo Jr. se esqueceu que esse tal amor ou paixão (ou qualquer outro nome que você dê a isso) não é uma ciência exata.

Quando nós, homens, somos desleixados com a aparência, saímos com a camisa manchada e o tênis surrado somos mulambentos por demais. Se usamos camisa longa de microfibra para dentro da calça de poliéster junto com o cinto combinando com o sapato de couro impecavelmente lustrado somos almofadinhas demais. Quando tentamos o meio termo, calça jeans, camisa gola-pólo com sapatênis rotulados somos de sem-sal, sem diferencial.

Impossível ter certeza do que uma mulher realmente quer

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