terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Você, motorista, faz parte do problema...


... e não está ajudando na solução.

Toda semana é a mesma ladainha. De vez em sempre os jornais da capital do pit-dog (e não 'capital do chope' como tentaram empurrar semana passada) colocam o assunto 'trânsito' na capa. Seja por falta de assunto ou porque no dia anterior morreu mais gente do que o normal nas ruas de Goiânia. 

A questão é que o motorista culpa todas as partes envolvidas no sistema: AMT, prefeitura, falta de planejamento, má sinalização, outros motoristas e outras variáveis. Nem vou falar sobre o fator motoqueiro para não gerar polêmica. Nunca o próprio motorista se coloca nesse balaio. Por que? "Ué, eu não dirijo mal. Os outros é que são 'roda dura' ". Todos (ou quase todos) que passaram na prova para pegar a CNH se acham intocáveis quando o assunto é dirigibilidade. 

Contudo, dirigir bem está longe de ser uma qualidade que a maioria do goianiense detém. Faixa de pedestre em Goiânia não é sinal de segurança. Isso é chover no molhado. Qual a porcentagem de pessoas que param sempre, - sempre - que um pedestre acena pedindo passagem? O ciclista pedalando 'tranquilamento' encostado no meio-fio e o motorista querendo fazer uma conversão à direita. O que o motorizado faz? Dá uma aceleradinha e dá uma leve cortada na frente do ciclista. E o sinal amarelo que mudou o significado de "atenção" para "pise fundo para não ser pegar o sinal fechado e/ou ser pego no pardal/radar foto sensor"

Já falei várias vezes para amigos: parece que o motorista de Goiânia quer o confronto. Fazemos direção ofensiva, ao contrário do que tentam nos ensinar no curso de formação. A pior atitude acontece nos finais de semana. Brasileiro, em especial o goianiense (ou parte considerável) acha que a lei não funciona totalmente após às 18 horas de sexta. Dia de feira: sábado ou domingo. O que vemos: todos os canteiros centrais das avenidas da cidade viram estacionamento. Falta estacionamento? Não sei! Mas isso dá nos dá esse direito? O mesmo ocorre em praças que possuem lanchonetes, pit-dogs, espetinhos. "É só um lanche rápido. O que que tem?". 

Na hora que vemos um familiar ser morto por um carro rápido culpamos os outros e não vemos que temos a mesma postura no trânsito. A diferença é que não matamos/atropelamos ninguém. 

Ainda.

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