quinta-feira, 30 de junho de 2011

... e ele finalmente criou coragem


Conseguiu um atestado médico falso que lhe daria uma semana de 'férias'.

Foi até o aeroporto apenas com uma mochila. Passou no caixa eletrônico, tomou um expresso num copo descartável e fora fumar na área onde os taxistas esperam por clientes. Estava quente, o sol das 11h afetava seu apetite e resolveu apenas tomar outro café.

Duas horas depois ele já estava saindo para a sala de embarque em direção a São Paulo. A última vez que foi para a cidade cinzenta fora por causa de um grupo internacional do mainstream. Agora seria por uma guria do interiorrr que viajava todos os dias por trabalhar em SP.

Suas pernas tremiam após o pouso da aeronave em Congonhas. Pegou o endereço do trabalho da moça para fazer uma surpresa, mas achou melhor surpreendê-la na saída do trabalho. Buscou uma lanchonete mais próxima, pois faltava pouco mais de duas horas para o fim do expediente. Pediu uma, pediu duas, pediu três... Os pedestres certamente pensariam: "olha lá o vagabundo bebendo durante a tarde de um dia de semana".

Com o álcool no corpo, a coragem subiu a cabeça. Quedou parado na porta da loja onde seu motivo de viagem trabalhava. Deu 18 horas e todos os uniformizados saíram correndo. Olhou para todos e não a encontrou. O segurança fechou a porta e ligou o alarme. A frustração começara. Uma vez loser, sempre loser? Achando que faria uma surpresa se esqueceu de que as pessoas podem faltar ao trabalho por diversas circunstâncias.

Contudo, antes mesmo de pensar num local para passar a noite, sentiu uma mão dando um beliscão em sua bunda. O forte ____________ que se seguiu já valera toda a inconseqüência planejada. Quinze minutos depois estavam num botecão. Sentaram, achavam interessante passar a mão na mesa de madeira vernizada e com o primeiro copo tudo voltou a ser como nunca fora.

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