sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O natal é bom para quem?


Família reunida, mesa farta (graças as prestações do cartão de crédito), presentes populares. Os primos meninos correm por toda a casa, já as meninas se quedam comportadas num quarto qualquer assistindo tv e falando da bagunça daqueles que serão seus primeiros beijinhos e ou algo a mais.

"Oh quanta alegria!". Hipocrisia do &¨%$#@! ... Cada dona de casa sozinha fará seu pratinho familiar e deixará na mesa para comparar com o prato da outra. "Nossa, essa mulher não sabe fazer um peru menos seco?"

Os patriarcas se encostam num canto dos fundos da casa, sentados numa mesa encardida com várias garrafas vazias. A postura Hommer Simpsons deles não muda nem no natal. E nem deveria. Por que mudar em apenas um único dia do ano? De que adianta ser (ou fingir ser) uma boa pessoa só no dia que, teoricamente, o 'filho do Homem' nasceu? Um dia contra 364 não faz muita diferença, hein!?

Muito mais sinceras são as pessoas que ignoram a falsa caridade e boas virtudes que a data nos obriga a fazer. Atualmente, a família (que não é restart) se reúne em apenas dois momentos: datas especiais ou morte.

Que beleza!

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