sábado, 20 de junho de 2009


Sábado à tarde. Calor insuportável como todos os dias insuportáveis, Alberto, 28 anos, calça preta e mente em branco, vai a um parque da cidade para passar um tempo. Em seu lugar cativo - um banquinho de concreto
escondido entre as árvores - ele faz o ritual de sempre. Senta, abre a pasta e dela saca uma caneta e uma folha em branco. A sensação de "deja vú" passa como um flash por sua consciência.

Passam-se as nuvens e seus procedimentos são uniformes como todos os domingos: cumprimentar o pipoqueiro (que vende maconha), cumprimentar os guardas (que fumam maconha), cumprimenta os pombos (que comem a pipoca). Ao longo de duas, no máximo três horas aquilo é seu mundo. ele se sente seguro, pois a rotina lhe dá a falsa impressão de ter domínio sobre a própria vida.

Continua ...

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