quinta-feira, 12 de março de 2009

Não é fácil ser a ovelha negra da família.


Complicado sempre ter que defender opiniões contrárias as da maioria, ainda mais quando esta maior parte é alienada com os postulados e dogmas da religião. Nada contra crer em determinadas divindades e ritos, o problema é abdicar do livre arbítrio e querer ser manipulado por padres, pastores e afins.

A parte tranqüila de ser o diferente da casta é o modo de vestir. Enquanto parentes usam sapatos, calças sociais manga longa nesse calor do cerrado, prefiro bermudas, allstar sujo e cabelo desgrenhado. Familiares não gostam, mas quando vou em certos cultos da religião deles vejo que adquiro um certo charme perante a ala feminina. Talvez por ser algo inalcançável ou por ser algo que elas querem ser, mas elas não têm coragem de largar as amarras do pensamento medieval.

Outra parte divertida de brigar com tios e outros do mesmo sangue é a respeito da graduação que escolhi. Fiz administração em turismo, me arrependo sim, mas é o que escolhi e agora não vou começar nova carreira. Cômico é ver uns falando: “ mas o meu filho fez computação, o meu fez direito, ...”. Não adiantou né, estão desempregados também. Inclusive já trabalhei na minha área mais que esse pessoal que fez os chamados cursos tradicionais.

Mas o melhor de tudo é ser o primo mais que ainda não casou. Primos mais novos já assinaram o papel e trocaram alianças e juras eternas. Nada contra o casamento (ele até tem algumas vantagens), mas casar forçado por pressão da igreja ou por achar que com mais ou menos 25 anos já se começa a ficar velho para iniciar uma família é um pouco medieval.

Ser a única ovelha negra é não ter ninguém para lhe ajudar com os argumentos contra todos, mas é se tem algo que me orgulho é de ter senso crítico sobre as coisas, não falar asneira sobre o que não sei e respeitar os argumentos alheios.

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