terça-feira, 30 de setembro de 2008

Ensaio sobre a Cegueira


Sensação estranha ao sair da sala de projeção. Eu tinha lido o livro há anos e confesso que não tinha ficado impressionado com as letras de Saramago. Vou pegar o livro novamente semana que vem para comparar melhor com o filme - que ainda está fresco na minha cabeça.

Imagine ficar sem enxergar do nada. Que bizarro! Uma coisa é ir perdendo a visão aos poucos, se adaptando com os vultos e sombreamentos que te induzem aos movimentos mais ou menos certos. Outra coisa é um milagre ao contrário, quedar-se sem visão mais rápido que o preparo de um miojo.

O ápice da barbárie no filme choca e muito. Mesmo não havendo derramamento de sangue ou carnificina. O descaso com a epidemia, os desdém com os enfermos sendo jogados em um campo de concentração, a falta de comida e orientação médica-psicológica é bem paralela com nosso mundinho atual.

É como a Marília Gabriela disse semana passada ao entrevistar o diretor do filme, Fernando Meirelles: “Fernando, você tudo que você encosta, vira ouro”
Verdade! Jardineiro Fiel, Cidade de Deus, Domésticas, Palace II – isso para ficar só nos filmes que eu vi dele.

Sem mais no momento!
P.S.: pobre só vê filme em dias de promoção no Cinemark ou no Severiano Ribeiro

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