sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ex-ciclista, mas atento ...


Quando não havia preguiça eu sempre pedalava. Sempre! Todos os dias; nem que fosse por apenas 5 minutos para ir na vendinha do bairro para comprar baré. Tinha as pernas fortes e um fôlego de dar inveja a qualquer ultramaratonista. 

Daí veio a fase que não é a adolescência e nem a fase adulta. Nesse meio termo surgiram a cerveja e outras atividades que poderiam ser realizadas no modo estático. Tirou carteira, comprou um carro e ao contrário dos outros amigos motoristas percebeu a quantidade de pedaleiros nas ruas. Motoristas nunca respeitaram e nunca vão respeitar o tal 1,5m que diz no código de trânsito. Isso é uma fantasia! Assim como grande parte dos ciclistas continuarão utilizando a calçada vazia quando o trânsito estiver mais sobrecarregado que o normal. Conheço os dois lados - atualmente - estou do "lado" dos motorizados, mas não significa que deixei de respeitar a galera das magrelas.

Ha alguns anos, aqui em Goiânia, foi implantada uma ciclovia com o objetivo de agradar ciclistas esporádicos que reivindicavam uma forma de pedalar com a família/amigos de forma, teoricamente, segura. Claro que não é solução definitiva, pelo menos foi o que digníssimos governantes disseram quando da realização do projeto "ciclovia do lazer". 

Agora, ou melhor, dia 08, saiu uma matéria na imprensa ilustrando a licitação de um projeto no qual será criada diversas estações para locarmos bicicletas durante um único dia (3 R$) ou por um mês inteiro (10 R$). Lógico que o projeto não é perfeito, então o mimimi de alguns sobre o projeto não se justifica, visto pelo menos que algo está sendo feito. É evidente, também, que não podemos nos acomodar e nos contentarmos com 'apenas' 60 estações (600 bicicletas). 

E as ruas? Elas e os motoristas estão preparados para receber essa nova leva de ciclistas comuns? A resposta é não! Mas segundo o clichê "uma maratona começa com o primeiro passo" algo deve ser iniciado para, depois, irmos moldando a postura dos envolvidos no sistema. Muita choradeira de alguns poucos que dizem que as ruas não dão segurança ao pedalante. Isso é chover no molhado. Claro que todos lamentam a morte de um ciclista como ocorreu algumas vezes em Goiânia nesse ano que passou. Que alguém faça um cálculo cruzando os dados números de ciclistas x números de acidentes com ciclistas. Posso cravar que o número é pequeno, mas devemos lutar para que esse índice chegue a zero ou a bem perto disso.

Criticar apenas não basta. Não adianta apontar o defeito sem apresentar uma solução. A utopia (possível?) de uma Goiânia totalmente permeada por uma ciclovia para pessoas que vão utilizá-las para ir ao trabalho, e não somente como uma atividade hedonista, começa aos poucos. De grão em grão é que se elimina um carro por vez no trânsito da capital goiana.

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