quinta-feira, 12 de novembro de 2009


... e as lágrimas secaram. Não as dele, mas as dela. A indiferença machuca. Ele sabe muito bem disso e agora utiliza essa arma para se defender e evitar as dificuldades que sempre ocorrem.

Antes não começasse para não chegar nesse estado, mas Ela nunca soube ser reservada. Logo o que restou a Ele foi se precaver de uma possível amizade subjetiva e pueril. Prefere as respostas monossilábicas. Nunca usa "e você?" para não prolongar o incômodo da presença dela.

Lógico que Ele sofre, todavia, a menor quantidade de intimidade com Ela lhe causa menor transtorno. Só que Ela ainda não se atentou para tanto. Acha que é birra dele. Birra não; orgulho, com certeza. Ele preza pelo bom ambiente, mas Ela continua tagarelando sobre o passado e as ações futuras não mais lhe interessam.

Tudo de proveito que Ela podia lhe proporcionar já foi ofertado, então não há mais motivos para qualquer relação de qualquer espécie. Ela tornou-se dependente dele – um bom ouvinte - que com o passar das desilusões escolheu o silêncio.

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