Caso conheça o nome Lars Von Trier já sabes o que esperar. Cenas ousadas para a nossa sociedade hipócrita. Diálogos pesados que questionam nossa postura sobre determinado assunto.
Ninfomaníaca é dividido em capítulos. Joe, a ninfa do título, surge toda estropiada numa rua. Seligman, um senhor idoso faz o papel de bom samaritano e acolhe Joe em sua casa para os primeiros socorros: um banho, uma cama e xícara de chá com leite. A enferma, já podendo conversar normalmente, começa a falar sobre sua vida sexual hiperativa. Contrariando a regra, pois o comum seria a pessoa deitada a ouvir uma história. Joe discorre sobre todas as fases: a descoberta do prazer em seu corpo, a iniciação sexual, adolescência, primeira vez e descambando para o vício doentio.
Suas relação com os pais é bem antagônica. Tem um imenso amor pelo pai que pode ou não ser a causa primordial para enfermidade da filha. Já com sua mãe a afinidade não é das melhores. É uma frigidez que evoluiu para um ódio possessivo pelo pai. Muitos outros personagens passam pelo filme, mas só Jêrome, seu primeiro, tem alguma relevância para a história.
O velho Seligman, ouvindo tudo, faz analogias sobre pescaria e música para relacionar a vida pouco convencional de Joe com coisas normais. O estado emocional de Joe, triste e sofrendo com a solidão, é bem semelhante ao fim de Adele. Coincidência? Em toda pausa da história biográfica contada por Joe, Seligman tenta minimizar (de forma positiva) as façanhas de Joe. O objetivo é que ela não sofra ainda mais com seu passado.
O filme tem uma forma bem boba de passar tudo para o espectador de mão beijada. Fator surpresa zero. Contudo, a película nos leva a pensar sobre vários preconceitos que nós temos. Adoramos julgar atitudes alheias sem enxergarmos que essas ações são consequências de algo traumático.
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* Molecada deve achar legal ser ninfomaníaco(a). Não é!
* Legal os efeitos dos números e gráficos para ilustrar certas ideias
* Palmas para a cena mimimi da Sr. H (Uma Thurman)
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